Tribunal ordenou que sejam adotadas "medidas para a erradicação" de mais de 150 hipopótamos descendentes de animais trazidos por Pablo Escobar
Luiza Lopes Publicado em 07/09/2024, às 09h30
Um tribunal colombiano ordenou nesta sexta-feira, 6, que sejam adotadas "medidas para a erradicação" de mais de 150 hipopótamos descendentes de animais trazidos nos anos 1980 por Pablo Escobar.
O barão do narcotráfico havia importado um casal de hipopótamos para seu zoológico particular na Fazenda Nápoles, localizada na região de Magdalena Medio, e desde então a espécie se reproduz descontroladamente no país, repercute a AFP.
O Tribunal istrativo de Cundinamarca deu ao Ministério do Meio Ambiente um prazo de três meses para formular uma norma que inclua ações como "caça controlada e esterilização", de modo a combater os impactos da espécie sobre o "equilíbrio ecológico", conforme consta na decisão divulgada na página do tribunal.
Segundo o comunicado, a presença dos hipopótamos tem causado danos ambientais significativos, inclusive ameaçando espécies nativas como o peixe-boi.
Em 2022, o governo havia anunciado um plano de controle populacional, que envolvia a esterilização e a eutanásia de parte dos hipopótamos. No entanto, o projeto avançou lentamente, e até o momento nenhum animal foi abatido. Tentativas de realocar os hipopótamos para países como México, Índia e Filipinas também falharam, aponta a AFP.
Após a morte de Escobar em 1993, e a subsequente intervenção do governo em suas propriedades, os animais ficaram livres e começaram a se multiplicar. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o número de hipopótamos na Colômbia chegou a 166 em meados de 2023 e, caso nenhuma medida efetiva seja tomada, pode atingir mil até 2035.
