Novo documentário na Netflix, 'Titan: O Desastre da OceanGate' gira em torno da tragédia que chocou o mundo em 2023, da implosão do submersível Titan
Publicado em 11/06/2025, às 07h50
'Titan: O Desastre da OceanGate', novo documentário sobre a tragédia do submersível Titan, que implodiu em meio a uma expedição aos destroços do Titanic, o naufrágio mais famoso do mundo, chegou hoje ao catálogo da Netflix. A produção é dirigida por Mark Monroe, e combina entrevistas, registros internos e narração de especialistas para evidenciar a história de ambição desmedida, confiança cega e falhas éticas que culminou na tragédia que chocou o mundo em 2023.
O foco do novo documentário está principalmente no comportamento arriscado do fundador e CEO da OceanGate, empresa responsável pelo submersível, Stockton Rush. Segundo apontaram investigações, ele ignorou diversos alertas de segurança e recusou certificações externas, demonstrando assim confiança excessiva no design experimental de sua embarcação.
No entanto, como sabemos, essa empreitada ousada culminou em uma tragédia, se contraponto ao pioneirismo desejado por Rush, que buscava democratizar a visita ao Titanic. Com isso, o documentário o coloca como um "psicopata com fome de fama", que subestimou todos os riscos até o último instante, quando realmente ocorreram falhas catastróficas.
Na produção, há depoimentos de ex-funcionários e especialistas, que corroboram com as acusações de negligência em torno do caso, bem como evidências visuais e áudios de testes que demonstrou danos no casco, sob pressão, repercute a Rolling Stone Brasil.
Entre os relatos, está também o de Christine Dawood, que perdeu o marido e o filho — empresário paquistanês Shahzada Dawood e o jovem Sulaiman, de 19 anos — a bordo. Ela explica todo o grande impacto emocional irreversível que sofreu com o episódio, bem como o sentimento de abandono frente aos processos de investigação que seguem em andamento.
Em 18 de junho de 2023, a OceanGate — uma empresa privada norte-americana que oferece submersíveis tripulados à indústria, pesquisa e exploração, fundada em 2009 por Stockton Rush — enviou para as águas do Oceano Atlântico o submersível Titan, em uma jornada até os restos do Titanic.
A bordo do veículo, estavam o próprio Rush, que tinha 61 anos; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Sulaiman, de 19; o empresário britânico do ramo da aviação Hamish Harding, 58; e o explorador francês e especialista no Titanic, Paul-Henri Nargeolet, de 77 anos.
No entanto, o que devia ser apenas mais uma exploração submersa — Titan já havia mergulhado e explorado a área em outras ocasiões anteriormente — começou a levantar preocupações, depois que, uma hora e quarenta e cinco minutos após o mergulho, o submersível perdeu comunicação com a superfície e seu barco de apoio.
A previsão era que ele retornasse no mesmo dia, mas o submersível não voltou à superfície. Após oito horas do início do mergulho, as autoridades dos Estados Unidos foram acionadas para investigar o desaparecimento e, dias depois, destroços foram encontrados, confirmando a tragédia: Titan havia sofrido uma "implosão catastrófica" — em outras palavras, foi esmagado pela pressão da água — com seus ageiros dentro, matando-os instantaneamente.
Nos meses que se seguiram, o mundo voltou sua atenção não só para a tragédia, mas também para as investigações, que descobriram cada vez mais irregularidades em torno do caso e da OceanGate. Para mais detalhes, assista o novo documentário 'Titan: O Desastre da OceanGate', que chegou nesta quarta-feira, 11, na Netflix.
