O submersível Titan, da OceanGate, implodiu no mês ado após desaparecer no Atlântico com cinco pessoas a bordo
Uma ex-diretora de finanças e istração da OceanGate, empresa responsável pelo submersível que implodiu no Atlântico com cinco pessoas a bordo, revelou que o ex-piloto-chefe foi demitido da empresa depois de relatar falhas na embarcação.
A mulher revelou ao jornalista Ben Taub, da revista norte-americana The New Yorker, que, na época, David Lochridge informou a companhia sobre problemas nos processos de projeto e construção, além de ter criticado questões de design do submarino em 2018. Ela preferiu não se identificar.
Segundo informações do UOL, Lochridge apontou medidas corretivas e afirmou que o Titan "não deveria ser tripulado durante nenhum dos próximos testes". No entanto, ele acabou sendo processado pela OceanGate no mesmo ano em que alertou sobre os problemas, e entrou em disputa judicial com a empresa.
A reportagem menciona conversas do ex-piloto-chefe com outros especialistas, que também levantaram preocupações em relação ao Titan, incluindo o CEO da empresa, Stockton Rush, que estava pilotando o submersível no momento da tragédia.
De acordo com o UOL, a ex-diretora ainda apontou que o CEO teria sugerido que ela assumisse o cargo de piloto-chefe do Titan após a demissão de Lochridge.
Entretanto, a profissional relatou que havia vários engenheiros na empresa com cerca de 20 anos de idade recebendo apenas US$ 15 dólares por hora de trabalho. Ela conta que se sentiu assustada com a proposta, afinal, era formada em contabilidade.
Ela afirmou à revista: "Não confiava em Rush" e "não poderia trabalhar" para o CEO sem a presença de Lochridge. A ex-diretora decidiu então pedir demissão assim que surgiu uma nova oportunidade de emprego.
