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Operada pela Air India, aeronave decolava com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, quando caiu segundos após sair do solo
As imagens do Boeing 787-8 Dreamliner que caiu nesta quinta-feira, 12, em Ahmedabad, na Índia, estão ajudando especialistas a traçar as primeiras hipóteses sobre as causas do acidente que deixou cerca de 240 mortos.
Segundo autoridades locais, o piloto chegou a declarar emergência a bordo e comunicou à torre de controle uma “falha de motor” antes da tragédia.
A aeronave, operada pela Air India, decolava com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, quando caiu segundos após sair do solo, atingindo uma área residencial próxima ao aeroporto.
Havia 242 pessoas a bordo — 232 ageiros e dez tripulantes. A maioria dos ageiros era de nacionalidade indiana, mas entre os ocupantes também estavam 53 britânicos, sete portugueses e um canadense.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a aeronave com o nariz excessivamente elevado durante a decolagem, seguida por uma perda progressiva de altitude — indicativo de um possível estol.
O estol ocorre quando o avião perde sustentação, condição crítica que pode acontecer se o ângulo de subida for demasiado acentuado. Aeronaves comerciais são equipadas com sistemas de alerta e proteção contra estol, como alarmes sonoros e vibração no manche.
Usuários nas redes sociais sugeriram que uma possível configuração incorreta dos flaps — superfícies móveis nas asas que auxiliam na sustentação durante decolagens e pousos — pode ter contribuído para o estol.
Essa hipótese se somaria a outros fatores, como alta temperatura externa, peso elevado da aeronave e excesso de combustível, todos eles capazes de dificultar a ascensão do avião.
Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de risco na aviação, afirmou ao g1 que o estol é visível nas imagens, mas que ainda é cedo para confirmar falhas nos flaps. “É uma possibilidade a ser investigada, assim como excesso de peso ou má distribuição da carga a bordo”, disse.
O fato de o avião não ter conseguido ganhar altitude também pode indicar falhas nos dois motores — um evento extremamente raro na aviação comercial. Aeronaves como o Boeing 787 são projetadas para continuar voando com apenas um motor operante.
Segundo o jornal britânico Express, as últimas palavras do piloto do voo AI171 antes da queda foram: “falha de motor”. A causa exata, no entanto, ainda será apurada pelas autoridades indianas de aviação.
Possíveis razões incluem desde contaminação do combustível até ingestão de pássaros pelos motores — circunstância envolvida em dois incidentes notórios, como o “milagre do rio Hudson” em 2009 e o pouso forçado de um Airbus da Ural Airlines em 2019, ambos sem vítimas fatais.
Outro fator que pode ter contribuído para o desastre é o cálculo de peso e balanceamento da aeronave. Um avião acima do peso ideal ou com a carga mal distribuída pode enfrentar dificuldade para decolar.
O peso total e a quantidade de combustível são fatores cruciais no desempenho de subida — e os indícios presentes nas imagens são compatíveis com esse tipo de falha.
O impacto da queda foi devastador. Segundo a polícia, a aeronave atingiu um alojamento de médicos próximo ao aeroporto. Imagens gravadas por moradores mostram uma nuvem de fumaça preta e destroços em chamas.
Testemunhas relataram cenas de horror e confusão logo após o acidente. “Havia corpos e partes da fuselagem espalhados por toda parte”, contou um morador à agência indiana PTI. “Ouvi um estrondo e, ao sair de casa, vi uma nuvem espessa de fumaça no céu.”
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, classificou o acidente como uma “tragédia além das palavras”. “Estamos atônitos e entristecidos com o que ocorreu em Ahmedabad”, declarou em publicação na rede X (antigo Twitter).
A investigação sobre o acidente já está em andamento. Equipes de resgate, autoridades de aviação civil e peritos forenses trabalham para recuperar dados das caixas-pretas e entender o que levou ao colapso do voo AI171, um dos mais graves desastres aéreos da história recente da Índia.