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Pesquisadora britânica associa explicação para pessoas afirmando ser menina que desapareceu em 2007 à falta de rigor científico em testes; entenda!
Publicado em 04/03/2025, às 14h30
Desde 2007, um caso que segue sem solução e chama atenção da mídia internacional de tempos em tempos é o da jovem Madeleine McCann, uma menina britânica que tinha apenas três anos quando desapareceu na Praia da Luz, em Portugal, em 2007.
Embora nunca tenha surgido indícios do paradeiro da garota, o caso já voltou a repercutir algumas vezes, principalmente depois de 2022, quando uma jovem polonesa chamada Julia Wandelt — também conhecida como Julia Wandel ou Julia Faustyna — apareceu na internet afirmando acreditar ser a garota desaparecida.
Ainda na época, um exame de DNA foi realizado, comprovando que a alegação era falsa. Mesmo assim, mais recentemente, a polonesa voltou a público com outro exame que, segundo ela, garantia que sua versão da história era verdade. De qualquer forma, a garota talvez suma dos holofotes por algum tempo, visto que foi presa no último mês por perseguir os pais e os irmãos da pequena Maddie.
Além de Julia Wandelt, mais recentemente uma jovem americana chamada Eugenea Collins, de 22 anos, também apareceu a público afirmando acreditar ser Madeleine McCann. Moradora do Arkansas, ela disse ter feito um teste de ancestralidade que a descrevia como 68% inglesa e do noroeste europeu, e utilizou isso como embasamento para sua afirmação.
Diretora do Centro Milner Centre para Evolução da Universidade de Bath, Turi King relatou ao Metro suas teorias para a ocorrência de jovens acreditando ser Madeleine McCann, que expliquem pelo menos parte desse fenômeno. Ela explica que a chave para as teorias está no método que as duas "candidatas" se baseiam para tais afirmações.
Isso porque, em ambos os casos, as jovens teriam se baseado em testes de DNA de ancestralidade, que conforme relatou Turi ao Metro, não são tão precisos. Por exemplo, quando Julia ficou nos Estados Unidos por algum tempo em 2024, um teste de DNA concluiu que ela era "100% polonesa", ao que ela logo veio a público com novos resultados, mostrando uma relação familiar entre ela e Gerry McCann, pai da garota desaparecida.
Já Engenea fez também um teste de DNA de ancestralidade que, segundo ela, é a "prova" de que ela é Maddie. Porém, Turi pontua que o que falta em ambos os casos é credibilidade científica. Além disso, a especialista também destacou que uma mesma pessoa pode obter resultados diferentes dependendo da empresa em que faz o teste.
"Dependendo de qual empresa a pessoa escolheu, ela obterá resultados diferentes. O teste de ancestralidade analisa centenas de milhares de pequenas diferenças genéticas em seu DNA. Eles usam um algoritmo de computador para descobrir quem mais está compartilhando esses pedaços de DNA com você", comenta Turi King ao Metro.
Eles procuram correspondências genéticas nos seus bancos de dados, mas cada empresa de testes tem seu próprio banco de dados, então você obterá resultados diferentes com cada empresa", complementa.
No entanto, segundo Turi, empresas de DNA ancestral e empresas de DNA forense não podem sequer ser comparáveis em termos de precisão. "O DNA ancestral não é específico o suficiente para poder dizer que Julia ou Eugenea é Madeleine McCann, nem de longe. Para isso, você teria que fazer testes forenses adequados", afirma.
"Em teoria, você poderia usar sites de ancestralidade, mas os pais de Madeleine precisariam estar nos bancos de dados e não sei se eles gostariam de fazer esse tipo de teste. Eu sinto por eles, deve ser incrivelmente traumático ter isso levantado, e se houvesse informações suficientes para sugerir que alguém era sua filha, eles ariam por testes de DNA forense. Ter essas alegações baseadas em DNA ancestral não é robusto", afirma Turi, por fim.