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Notícias / Astronomia

Jato de energia de buraco negro do início do universo é avistado por astrônomos

Jato de energia de antigo buraco negro pôde ser visto graças ao brilho residual do Big Bang; imagens foram registradas por observatório da NASA

por Giovanna Gomes
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Publicado em 13/06/2025, às 14h14

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Jato de energia de buraco negro foi registrado graças ao telescópio Chandra - Divulgação/NASA
Jato de energia de buraco negro foi registrado graças ao telescópio Chandra - Divulgação/NASA

Uma imagem recém-capturada por astrônomos revelou um fenômeno raro e assombroso: o jato de energia de um antigo buraco negro supermassivo, visível graças ao brilho residual do Big Bang.

A cena mostra o quasar J1610+1811, situado a cerca de 11,6 bilhões de anos-luz da Terra, emitindo um gigantesco feixe de energia no que os cientistas chamam de "meio-dia cósmico" — um período entre 2 e 3 bilhões de anos após o surgimento do universo.

Esse registro impressionante foi feito pelo Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, especializado em captar comprimentos de onda extremamente energéticos.

Segundo os pesquisadores, o jato de partículas emitido pelo quasar mede mais de 300 mil anos-luz — três vezes o tamanho da Via Láctea — e suas partículas viajam entre 92% e 98% da velocidade da luz. Apesar de sua magnitude, esse tipo de jato é extremamente difícil de detectar porque, geralmente, está orientado para longe da Terra, tornando-se escuro demais para ser visto.

Segundo o portal Live Science, o que tornou essa observação possível foi a radiação cósmica de fundo (CMB), o "eco" luminoso do Big Bang. Durante o meio-dia cósmico, a CMB era muito mais densa que hoje, permitindo que elétrons do jato interagissem com os fótons da radiação, transformando-os em raios-X visíveis pelo Chandra.

Além de J1610+1811, a equipe também registrou imagens menos nítidas de outro quasar, o J1405+0415, que pode ajudar a compreender por que buracos negros supermassivos cresceram tão rápido nesse período da história do universo.

Futuro do Chandra

Apesar de suas contribuições científicas revolucionárias desde 1999, o futuro do telescópio Chandra está ameaçado. Problemas orçamentários recentes da NASA e cortes propostos para 2026 pelo governo Trump colocam em risco sua operação.

Especialistas alertam que o desligamento do observatório representaria um golpe devastador para a astronomia de raios-X, interrompendo pesquisas cruciais e deixando lacunas no conhecimento científico sobre fenômenos extremos do cosmos.

"A possível perda do Chandra seria um evento de extinção para a astronomia de raios-X", afirmou Andrew Fabian, da Universidade de Cambridge. Para os pesquisadores, preservar o funcionamento do telescópio é vital para que imagens como a do quasar J1610+1811 continuem revelando os segredos mais antigos do universo.