{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/jato-de-energia-de-buraco-negro-do-inicio-do-universo-e-avistado-116-bilhoes-de-anos-luz-da-terra.phtml" }, "headline": "Jato de energia de buraco negro do início do universo é avistado por astrônomos", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/jato-de-energia-de-buraco-negro-do-inicio-do-universo-e-avistado-116-bilhoes-de-anos-luz-da-terra.phtml", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fs%2F2025%2F06%2Fdesign-sem-nome-2025-06-13t144213109.jpg", "width":"1280", "height":"720" } ], "dateCreated": "2025-06-13T14:14:06-03:00", "datePublished": "2025-06-13T14:14:06-03:00", "dateModified": "2025-06-13T14:14:06-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "Giovanna Gomes", "jobTitle": "Repórter", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/autor/giovanna-gomes/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/static/logo/ah.svg", "width":"120", "height":"60" } }, "articleSection": "Not\u00edcias", "description": "Jato de energia de antigo buraco negro pôde ser visto graças ao brilho residual do Big Bang\u003B imagens foram registradas por observatório da NASA" }
Jato de energia de antigo buraco negro pôde ser visto graças ao brilho residual do Big Bang; imagens foram registradas por observatório da NASA
Uma imagem recém-capturada por astrônomos revelou um fenômeno raro e assombroso: o jato de energia de um antigo buraco negro supermassivo, visível graças ao brilho residual do Big Bang.
A cena mostra o quasar J1610+1811, situado a cerca de 11,6 bilhões de anos-luz da Terra, emitindo um gigantesco feixe de energia no que os cientistas chamam de "meio-dia cósmico" — um período entre 2 e 3 bilhões de anos após o surgimento do universo.
Esse registro impressionante foi feito pelo Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, especializado em captar comprimentos de onda extremamente energéticos.
Segundo os pesquisadores, o jato de partículas emitido pelo quasar mede mais de 300 mil anos-luz — três vezes o tamanho da Via Láctea — e suas partículas viajam entre 92% e 98% da velocidade da luz. Apesar de sua magnitude, esse tipo de jato é extremamente difícil de detectar porque, geralmente, está orientado para longe da Terra, tornando-se escuro demais para ser visto.
Segundo o portal Live Science, o que tornou essa observação possível foi a radiação cósmica de fundo (CMB), o "eco" luminoso do Big Bang. Durante o meio-dia cósmico, a CMB era muito mais densa que hoje, permitindo que elétrons do jato interagissem com os fótons da radiação, transformando-os em raios-X visíveis pelo Chandra.
Além de J1610+1811, a equipe também registrou imagens menos nítidas de outro quasar, o J1405+0415, que pode ajudar a compreender por que buracos negros supermassivos cresceram tão rápido nesse período da história do universo.
Apesar de suas contribuições científicas revolucionárias desde 1999, o futuro do telescópio Chandra está ameaçado. Problemas orçamentários recentes da NASA e cortes propostos para 2026 pelo governo Trump colocam em risco sua operação.
Especialistas alertam que o desligamento do observatório representaria um golpe devastador para a astronomia de raios-X, interrompendo pesquisas cruciais e deixando lacunas no conhecimento científico sobre fenômenos extremos do cosmos.
"A possível perda do Chandra seria um evento de extinção para a astronomia de raios-X", afirmou Andrew Fabian, da Universidade de Cambridge. Para os pesquisadores, preservar o funcionamento do telescópio é vital para que imagens como a do quasar J1610+1811 continuem revelando os segredos mais antigos do universo.