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Notícias / Itália

Itália retoma projeto da maior ponte suspensa do mundo entre Sicília e continente

O governo da primeira-ministra Giorgia Meloni retomou o projeto da ponte sobre o Estreito de Messina, que busca ligar a Sicília ao continente italiano

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 11/06/2025, às 11h05

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Renderização feita pela Webuild da ponte - Divulgação/WeBuild
Renderização feita pela Webuild da ponte - Divulgação/WeBuild

O governo da primeira-ministra Giorgia Meloniretomou o projeto da ponte sobre o Estreito de Messina, que pretende ligar a Sicília ao continente italiano. Anunciada pela primeira vez em 1971 e interrompida diversas vezes, a obra prevê uma estrutura de 3,3 km de extensão suspensa, que seria a maior do mundo nesse modelo.

O objetivo é permitir a travessia entre Calábria e Sicília em 15 minutos, por uma rodovia de seis pistas e uma linha ferroviária. Com orçamento estimado em €13,5 bilhões (R$ 86,1 bilhões), financiado pelo Estado e por contribuições regionais, o governo afirma que a ponte impulsionará o comércio e criará até 120 mil empregos.

Também ajudará, segundo o governo, a reduzir o chamado "custo de insularidade" — cerca de €6,5 bilhões anuais (R$ 41,4 bilhões) —, referente às dificuldades econômicas enfrentadas por regiões insulares que, por estarem separadas do continente, têm maior despesa com transporte de mercadorias e mobilidade de pessoas, além de menor o a serviços e infraestrutura.

O ministro da Infraestrutura, Matteo Salvini, informou à AFP que a construção deve começar no verão de 2025, após ter sido adiada em relação ao cronograma original, que previa o início das obras em 2024. A aprovação final do projeto está prevista para junho deste ano.

O consórcio liderado pela italiana Salini Impregilo, atual WeBuild, segue como principal candidato a executar a obra. Em abril, o diretor de engenharia do grupo industrial, Michele Longo, afirmou ao parlamento que o projeto está pronto para ser iniciado assim que o contrato for reativado e atualizado. 

Críticas

A ponte enfrenta críticas técnicas, ambientais e sociais. A região do Estreito de Messina está sujeita a ventos intensos, com rajadas que superam 100 km/h, o que levanta dúvidas sobre a estabilidade da estrutura. Além disso, trata-se de uma zona sísmica ativa, localizada entre duas placas tectônicas e historicamente afetada por terremotos, repercute O Globo.

Outro ponto de preocupação é a possível infiltração da máfia nas obras. Organizações como a 'Ndrangheta, da Calábria, e a Cosa Nostra, da Sicília, são ativas na economia local. O sociólogo Rocco Sciarrone, especialista em crime organizado, destacou à AFP que essas máfias deixaram de agir com violência explícita e agora operam de forma sofisticada, utilizando empresas de fachada, testas de ferro e redes de corrupção.

Ambientalistas também alertam para o impacto sobre reservas naturais protegidas. “No Estreito de Messina, local de trânsito muito importante para aves e mamíferos marinhos, concentra-se uma das maiores concentrações de biodiversidade do mundo”, afirmou um porta-voz do grupo Legambiente à CNN em maio. A ponte "interromperia esses fluxos naturais tanto durante quanto após as obras".

A população local mantém ceticismo. Ao longo de décadas, projetos semelhantes foram anunciados, mas nunca saíram do papel. "Querem fazer uma região inteira acreditar que sua única esperança está nesta ponte que nunca chega", afirmou o ativista Luigi Storniolo no grupo do Facebook "No Ponte" ("Não à Ponte").