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Notícias / Arqueologia

Fósseis revelam que aves já criavam ninhos no Ártico há 73 milhões de anos

Descoberta no Alasca antecipa em mais de 25 milhões de anos o comportamento de sobrevivência polar das aves modernas e muda compreensão sobre evolução

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 29/05/2025, às 16h45

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Fósseis de pássaros de 73 milhões de anos - Reprodução/Patrick Druckenmiller
Fósseis de pássaros de 73 milhões de anos - Reprodução/Patrick Druckenmiller

Uma coleção inédita de fósseis descobertos no norte do Alasca revelou que aves já nidificavam (ou seja, criavam seus ninhos) em ambientes árticos há aproximadamente 73 milhões de anos — 25 milhões de anos antes do que se acreditava até então.

Os achados incluem embriões e filhotes de diferentes espécies e oferecem a primeira evidência concreta de que os ancestrais das aves modernas já se adaptavam a climas extremos ainda durante o período dos dinossauros.

A pesquisa, liderada pela doutoranda Lauren Wilson, da Universidade de Princeton, desafia a ideia de que essas aves antigas eram primitivas demais para exibir comportamentos como migração ou adaptação ao inverno polar.

Ou essas aves recém-nascidas enfrentavam meses de escuridão e frio, ou migravam milhares de quilômetros — qualquer uma das opções seria surpreendente para criaturas tão antigas", explicou Wilson ao Live Science.

Os fósseis pertencem a pelo menos três famílias distintas de aves, como os extintos hesperornithes, semelhantes a mergulhões, e espécies parecidas com patos que já pertencem à linhagem das aves modernas.

Curiosamente, não foram encontrados fósseis de enantiornithes, o grupo dominante da época. Pesquisadores acreditam que esses pássaros não sobreviveriam ao rigor do Ártico, por levarem anos para crescer e terem penas menos adaptadas ao frio.

Sobrevivência

Apesar de o clima global no Cretáceo Superior ser mais quente do que hoje, o Ártico ainda enfrentava temperaturas negativas, nevascas e até quatro meses seguidos de escuridão. Para sobreviver, essas aves provavelmente desenvolveram crescimento rápido e capacidade de migração — estratégias fundamentais para prosperar nos breves verões com sol constante e abundância de insetos.

Segundo o 'Live Science', a descoberta também mostra que essas aves conviviam com diversos dinossauros — incluindo predadores como o Troodonte, que não hesitaria em transformar os filhotes em refeição. A expedição até a Formação Prince Creek exigiu grandes esforços logísticos dos pesquisadores, que precisaram atravessar o Alasca em aviões pequenos, barcos infláveis e acampar no permafrost para escavar os fósseis com ferramentas minúsculas.

Agora considerada um dos mais importantes sítios de aves do Cretáceo na América do Norte, a Formação Prince Creek deve continuar sendo explorada nos próximos anos. "Cada novo osso pode revelar uma espécie que não sabíamos existir no Ártico", disse Wilson. "Estamos apenas começando a entender quão adaptáveis essas aves realmente eram".