Quando Clint Hill escutou os tiros do disparo, ele pulou na limusine de John Kennedy e tentou proteger o presidente, mas não conseguiu
Ex-agente do Serviço Secreto, Clint Hill — que ficou conhecido por ter pulado na traseira da limusine do presidente John F. Kennedy, depois que ele foi baleado — morreu aos 93 anos. Depois do assassinato de JFK, Clint se aposentou por continuar assombrado pelas memórias do episódio.
O falecimento do ex-agente ocorreu na última sexta-feira, 21, em sua casa em Belvedere, Califórnia, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada por sua editora, a Gallery Books, que não confirmou a causa da morte, repercute o NY Post.
Apesar de ter seu nome pouco reconhecido por tudo o que aconteceu na época, as imagens da tentativa de Clint Hill em salvar JFK ficaram eternizadas na assustadora filmagem caseira feita por Abraham Zapruder — que registrou algumas das cenas mais marcantes do assassinato de John Kennedy em Dallas, em 22 de novembro de 1963.
Por conta de sua ação, Hill recebeu prêmios do Serviço Secreto e foi promovido por suas ações naquele dia, mas durante décadas se culpou pela morte de Kennedy, dizendo que não reagiu rápido o suficiente e que teria dado sua vida de bom grado para salvar o presidente.
Se eu tivesse reagido um pouco mais rápido", lamentou em entrevista ao 60 Minutes da CBS em 1975, logo após ele se aposentar aos 43 anos a pedido de seus médicos. "E eu vou viver com isso até o meu túmulo".
Conforme repercute o NY Post, Clint só conseguiu superar a morte de JFK nos seus últimos anos de vida.
No fatídico dia, ele havia sido designado para proteger a primeira-dama Jacqueline Kennedy. Hill estava no veículo que escoltava o carro de JFK enquanto ele desfilava pela Dealey Plaza.
Em depoimento à Comissão Warren, o ex-agente disse que reagiu após ouvir um tiro e ver o presidente afundar em seu assento. Kennedy foi atingido por um tiro fatal na cabeça antes que Hill conseguisse chegar à limusine.
Os registros de Zapruder mostram quandoHill saltou do carro do Serviço Secreto até a limusine de JFK, se agarrando na maçaneta do porta-malas e tentando se puxar para dentro do carro enquanto o motorista acelerava.
Clint Hill acabou se tornando o agente encarregado da proteção da Casa Branca e, mais tarde, virou diretor-assistente do Serviço Secreto, mas teve que se aposentar por conta de uma depressão profunda e das memórias recorrentes do assassinato. Ele inspirou o filme de 1993 de Clint Eastwood, ‘Na Linha de Fogo’, sobre um ex-agente do Serviço Secreto marcado pelo assassinato de JFK.
