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Especialistas respondem o risco de vírus e bactérias presentes em múmias egípcias antigas desencadearem uma praga nos dias de hoje
A imagem de uma múmia egípcia ressuscitando e espalhando doenças antigas pode parecer algo saído de um filme de terror, mas será que isso é possível? A descoberta de que faraós como Ramsés V foram acometidos por doenças como a varíola levanta a questão: múmias recém-desenterradas podem transmitir essas doenças milênios depois?
A resposta, segundo especialistas, é um sonoro não. Apesar da ideia ser tentadora para os amantes de teorias conspiratórias, a ciência nos mostra que a probabilidade de contrair uma doença de uma múmia é baixa.
Piers Mitchell, diretor do Laboratório de Parasitas Antigos da Universidade de Cambridge, explicou ao Live Science que a maioria dos parasitas e bactérias não sobrevivem por longos períodos sem um hospedeiro vivo.
Vírus como o da varíola, por exemplo, precisam de células vivas para se multiplicar. Com o ar dos anos, o DNA desses organismos se degrada, tornando-os inativos.
"Em vez de serem cadeias de DNA boas, longas e saudáveis, elas têm apenas cerca de 50 a 100 pares de bases. É como se tudo tivesse sido picado, e isso porque [o DNA] está se degradando e quebrando. Não há como nada ser viável depois que o DNA se desfaz — nada está acordando", disse o diretor ao 'Live Science'.
Outro fator que dificulta a transmissão de doenças é a forma como cada uma delas se espalha. A varíola é transmitida pelo contato direto, enquanto a tuberculose e a hanseníase se espalham por meio de gotículas respiratórias. Além disso, a lepra exige um contato prolongado com alguém doente para ser transmitida.
Os pesquisadores que trabalham com múmias utilizam equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, para evitar qualquer tipo de contaminação. Essa precaução, aliada à natureza dos patógenos e à degradação do material genético ao longo do tempo, torna o risco de contrair uma doença de uma múmia praticamente inexistente.
Embora alguns parasitas intestinais possam sobreviver por mais tempo, eles também não representam uma ameaça significativa. Parte desses organismos morre quando o hospedeiro falece, pois, dependem dele para sobreviver.
"Esses podem ser muito mais resistentes e podem durar vários meses, ou às vezes alguns anos, mas nenhum deles vai durar milhares de anos", apontou Mitchell ao Live Science.
A possibilidade de contrair uma doença de uma múmia é extremamente remota. A ciência nos mostra que os processos de mumificação e a degradação natural dos organismos ao longo do tempo tornam esse cenário praticamente impossível.